Com a correria da rotina, não é novidade para ninguém afirmar que a educação das crianças foi ficando um ato cada vez mais particular.
Se, antigamente, as famílias eram numerosas e vários adultos compartilhavam o cuidado dos pequenos, hoje nos vemos, muitas vezes, sozinhos nessa tarefa e o surgimento de dúvidas e inseguranças é inevitável.
Em resposta a isso, aproveitando a facilidade de acesso ao conhecimento da nossa época, surge um sem fim de fontes de informação, da mais técnica aos relatos de outros adultos que buscam a melhor maneira de conduzir os filhos, sua educação e desenvolvimento.
Isso é maravilhoso e revolucionário!
Hoje, como nunca, temos o respaldo para nossas atitudes ao alcance de poucos cliques. Contudo, em meio a tanta facilidade, surge um problema: a idealização da parentalidade.
Uma série de regras impostas como o único modelo aceitável de ser e agir que pode ser uma armadilha.
Podemos nos ver aprisionados em uma estrutura que não flui naturalmente, que reforça a sensação de fracasso diante de não conseguir seguir os manuais de como sermos boas mães e bons pais.
A frustração de não conseguir vivenciar o sonho da educação perfeita, de não sermos perfeitos, de não oferecermos sempre o melhor, não contribui em nada e só gera infelicidade.
Devemos e podemos buscar crescer, aprendermos mais e oferecer a melhor oportunidade para nossos filhos, mas isso só faz sentido se trouxer felicidade e se respeitar a identidade de nossas famílias.
O melhor só surge no ambiente de amor, leveza e alegria.
Cada família tem sua identidade e isso é o que temos de mais precioso!
Vamos nos acolher e construir nossas melhores saídas, respeitando nossas particularidades?
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