Pular para o conteúdo principal

As Prisões que Construímos...




Com a correria da rotina, não é novidade para ninguém afirmar que a educação das crianças foi ficando um ato cada vez mais particular. 

Se, antigamente, as famílias eram numerosas e vários adultos compartilhavam o cuidado dos pequenos, hoje nos vemos, muitas vezes, sozinhos nessa tarefa e o surgimento de dúvidas e inseguranças é inevitável. 

Em resposta a isso, aproveitando a facilidade de acesso ao conhecimento da nossa época, surge um sem fim de fontes de informação, da mais técnica aos relatos de outros adultos que buscam a melhor maneira de conduzir os filhos, sua educação e desenvolvimento. 

Isso é maravilhoso e revolucionário! 

Hoje, como nunca, temos o respaldo para nossas atitudes ao alcance de poucos cliques. Contudo, em meio a tanta facilidade, surge um problema: a idealização da parentalidade.

Uma série de regras impostas como o único modelo aceitável de ser e agir que pode ser uma armadilha.  

Podemos nos ver aprisionados em uma estrutura que não flui naturalmente, que reforça a sensação de fracasso diante de não conseguir seguir os manuais de como sermos boas mães e bons pais. 

A frustração de não conseguir vivenciar o sonho da educação perfeita, de não sermos perfeitos, de não oferecermos sempre o melhor, não contribui em nada e só gera infelicidade. 

Devemos e podemos buscar crescer, aprendermos mais e oferecer a melhor oportunidade para nossos filhos, mas isso só faz sentido se trouxer felicidade e se respeitar a identidade de nossas famílias. 

O melhor só surge no ambiente de amor, leveza e alegria. 

Cada família tem sua identidade e isso é o que temos de mais precioso!

Vamos nos acolher e construir nossas melhores saídas, respeitando nossas particularidades?

Comentários